segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Em nome do pai


Eu sempre tive problema com meu nome. Durante o primeiro grau, era chamado de Luiz por causa da chamada. Depois, no segundo grau do Objetivo (que não tinha chamada) e na FAC, me apresetava como Leo. Mas tem gente até hoje que não tem idéia do meu nome. Do meu nome duplo. Do meu fardo enquanto aborrecente. Luiz Leonardo. Acho que meus pais ficam meio aborrecidos quando falo mal do nome que escolheram para mim. Mas eles assumiram a responsabilidade.

Não, isso não me criou nenhum trauma irreversível e hoje até brinco com esses dois nomes que são lindos individualmente, mas que, apesar de todo o meu esforço, são brigados um com o outro e só entram na mesma frase quando minha vó Jacyra me chama. E isso me lembra que falta pouco para eu escolher o nome do rebento que está por vir.

Será uma dama? Um varão? Em poucos dias vou saber. Estamos torcendo para que o feto abra as pernas durante o exame - e a ironia é que se for menina vamos ficar torcendo para que ela fique de pernas fechadas por um bom tempo na vida... Só assim para ter certeza sobre o sexo. Compra de roupas, enxoval etc. Tudo isso é fácil e cheio de prazer. Mas e a escolha do nome?

Ok, já temos nossas opções. São nomes um pouco, digamos, diferentes. No início, dizíamos os nomes cheios de orgulho. E aí começamos a ver reações, vejamos, decepcionantes. Para nós. Tinha gente que dizia "Ah, legal. Diferente, né?". Outros, como um certo puliça que conheço, disse na lata que iríamos nos arrepender – o que deixou a Fernanda extremamente irritada. Tá, um pouco irritada. Tem gente que adora, de verdade. Tem gente dizendo que depois todo mundo se acostuma.

É uma grande responsabilidade. O/A menino/a vai viver com isso para o resto da vida. Vai ter apelidos. Vai ser malhado/a. Vai sofrer muito durante a adolescência. Mas, na boa, acho que ele vai penar com isso mesmo que o nome seja o mais comum de todos. Basta ter uma orelha um pouco maior, ou parecer com o Bóris Casoy, ou com aquele personagem da vacinação, ou com a menininha que aparece no pote de uma margarina. O melhor é ter um belo senso de humor, inteligência suficiente e jogo de cintura para levar de boa essa tortura que é passar pela adolescência. Ele/a terá outros problemas bem mais difíceis para enfrentar.

10 comentários:

Anônimo disse...

Eita Léo, quer dizer q vc não se chama Leonardo??? Eu nem sabia disso! kkkkkkkkkk....
Mas os nomes q vcs ecolheram são lindos!!
Bjssss

Unknown disse...

É verdade, hj em dia fico com receio de dizer os nomes que escolhemos. As vezes, dependendo da reação da pessoa, até digo... é, mas de repente a gente muda. Coisa feia né? Não tenho q ter vergonha nenhuma pq realmente acho os nomes lindos e eu adoraria ter um nome assim. Tb não acho Fernanda Cristina combinante mas não me importo. E além disso, ninguém tem nada a ver com isso, cada um escolhe pro seu filho o nome que quer.

Fê, o nome do Leo é Luiz Leonardo, ele não inventou Leo do nada kkkk...

Te amo Lindão!

Felipe disse...

Leozinho
Pequeno
Mentira
Anão
Anãozinho de Circo

São tantas emoções!!!

PORRA, PEQUENOOO!!!!

berna beat disse...

pequeno robusto, meu filho chamar-se-á beavis scartezini

Leo disse...

Mas vejam minhas escolhas antes de a Fernanda colocar o pau na mesa e mostrar quem é o homem da casa (eh, eh, eh):
- Drake
- Homer
- Bart
- Iago
- Petruska
- Tito

M. B. disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Eu acho lindos os dois nomes. São pequenos e simples.
Com certeza eu vou dar um apelidinho pro pimpolho. Né Ferds??

Bjos

Anônimo disse...

Escolha de nome é uma verdadeira novela.
Acho muito legal a opção de nome indígena, mas não conseguimos entrar em acordo sobre nenhum. Por isso ficamos com um anglo-saxão.
Sigam o coração.

Felipe disse...

Sugestões de nomes toscos:

Femininos:

Emengarda, Expedita, Gertrude, Clotilde, Cacilda.

Masculinos (menos o último, indefinido):

Eurípedes, Hepaminondas, Austragésilo, Camarinha, Cridence Clearwater Revival, Harison, Otto

Anônimo disse...

Faz tempo que não comento aqui,né???
Luiz Léo, continue colocando histórias por aqui,viu? Depois de dez anos, a imaginação fica um pouco pobre.....Você começa a contar, crente que está abafando e escuta: mãe, essa de novo????ou Essa menina sou eu??? ou ainda, Isso não existe...não sou mais criancinha....Acho que vou partir para essas histórias sem moral e começar a ver os porquês das coisas...Aliás, tudo tem um sentido na vida, nada passa em branco, tudo deixa marcas, boas ou ruins...Mas aprendemos com tudo isso. Os nossos filhos são grande professores.....Como aprendemos com os nossos filhos. Tem horas que eu sou a filha e elas, a minha mãe.

Quanto aos nomes, Theo e Lis...Nomes pequenos, fortes, inesquecíveis, únicos...Igualzinho aos pais.rs...Não tenham vergonha,nao!!!!! Afinal de contas, o/a filho/a é de quem????? Se eles vão gostar, isso só saberão depois...O meu nome é Juliana, nome comum, simples, sem nenhum problema....Mas qdo era pequena falava pra todo mundo que meu nome era "Craudinha"....Às vezes, me apresentava como tal e ficava sem responder a chamada, na esperança que a professora me chamasse pelo nome que eu tanto gostava, acredita???? Hoje, morro de rir, aliás a família inteira morre,né? Já imaginou como eles comentam isso hoje. rs

Bom, como a Mayarê falou: mostrem sempre o valor do nome dele/a e nunca tenham dúvida de que fizeram a coisa certo.

Beijos saudosos para vcs 3.
Amo vcs,viu?