segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Meu fácil trabalho de pai


Minha companheira não é uma grávida que dá trabalho. No início ela teve alguns problemas, mas nada demais. Só repouso, nada de exercícios físicos, nada de exageros. Somente agora ela teve um enjôo. Mas consigo ver nela todo o esforço, todas as dores, todo o mal-estar. Sentir, eu não vou sentir nunca, por maior que seja a ligação emotiva-psíquica que eu tenha com ela. Ponto.

Não que eu seja tão sensível assim para querer sentir as dores dela. Como todo mundo está careca de saber, o limite de dor do homem é muito menor que o da mulher. Não sei se isso é verdade, mas eu também prefiro não saber. Só que, pensando bem, eu tenho quase as mesmas coisas que ela. Senão, vejamos:

- Ela está sentindo azias imensas. Eu tenho gastrite e esofagite, minhas azias são constantes. Até bebendo água, às vezes, eu sinto azia.

- Ela agora começou a enjoar. Eu tenho labirintite, e qualquer crise é suficiente para eu ficar muito tonto e vomitar sem parar.

- Ela está com vontade de mascar chiclete incessantemente. Eu estou com vontade de mascar qualquer tipo de comida incessantemente. O que nos leva ao próximo tópico.

- Ela está com a barriga crescendo e deve ser um peso cada vez maior daqui para frente. Comigo está acontecendo a mesma coisa...

É claro que é brincadeira. Principalmente porque sei que daqui a uns seis meses ela vai passar por dores horrorosas. Agora, a única coisa que eu quero é passar a mão naquela barriguinha, falar com ela e com o bebê, fazer muitos carinhos neles e ajudar no que for preciso. A fase não é nada fácil e o meu trabalho de pai é não atrapalhar, ter paciência, não reclamar, aceitar reclamações, ter paciência, fazer massagem no pé dela, andar devagar com o carro, ter paciência. Muito trabalho? Perto do trabalho que ela vai ter, isso é fichinha...

8 comentários:

Unknown disse...

hahahaha Lindão, morri de rir... vc realmente sente quase as mesmas coisas q eu... mas eu tô tendo uma gravidez tão tranquila q talvez seja pior sua gastrite e labirintite. Só hj que enjoei mesmo, mas passou rapidinho.
Tem que ter paciência MESMO, dirigir direitinho e me deixar ficar reclamando hehehe...
TE AMO! Pq vc é o melhor marido e melhor pai do mundo =)

Leo disse...

Como diz o outro, o melhor do blog é que eu escrevo, você comenta e eu comento em cima, eh, eh, eh... mas pode ter certeza que gravidez deve ser mais duro: você tem as sensações da gastrite, da labirintite e, daqui a pouco, um ser estará chutando sua barriga do lado de dentro... muito louco...

Felipe disse...

Como sua barriga ainda tá bem maior que a dela, me solidarizo aqui com suas dores.

Anônimo disse...

Leo, minha tia e madrinha de batizado, crisma e casamento disse que há dois segredos para um casamento: paciência e perdão.
Com toda certeza a parte mais difícil da gravidez fica com a mãe, por isso acho que o pai serve de suporte, dando segurança e carinho. Se a Ferds casou com vc ela tem mesmo muita paciência, então vai dar tudo certo, hehe.

Anônimo disse...

Gente esse negócio de paciência não é comigo. Não aguento esperar nem 1 minuto na fila do pão, que a ansiedade já toma conta de mim. Imagina esperar 9 meses!
Mas a Ferds é muito calma e paciente. Você não conheceu ela na adolescência...hahahaha!!!

Tá tirando de letra tudo isso, né amiga?

...e Leo, por favor, entre na hidroginastica tb! Não basta ser pai, tem que participar!

Bjo nos três!

Anônimo disse...

Dor de parto que nada. Muito pior é levar um pataco no saco. Pro parto tem um negócio chamado peridural que faz a mulher sair da agonia profunda à catarse sublime em 5 segundos. F*oda é o tamanho da agulha. Uns 15cm. Mas vi a Fernanda (a minha) deixar de urrar impropérios para suspirar aliviada num piscar de olhos. Mas pro saco não tem anestesia que resolva.

K disse...

...é isso é fichinha!

beijo e adorei os textos anteriores tb.

beijoo

Anônimo disse...

Tá na hora de mudar!!!